— Cê viu o estudo do MIT sobre as IAs?
— Rapaz, não vi, o que tem?
— Diz que o Chat GPT deixa o povo mais burro.
— Oshe, é mesmo? Não pode. Meu sobrinho de 12 anos usa esse trem todo dia e tá mais esperto que eu. Juro.
— Ah, moço… mas também, ser mais inteligente que você não é muito difícil.
— Só por que eu não leio 10 livros por mês que nem você?
— Claro, uai. Gente inteligente lê 20 por semana. Eu sou mais ou menos.
— Ah, tá bom viu… e você, usa esse tal de GPT?
— Uso nada. Isso aí é coisa de gente indecente. Tô fora.
— Uai, indecente por quê?
— Você não viu? Não tá sabendo das coisas? Vive numa caverna?
— Ó, não precisa ofedender. O que aconteceu, moço, desembucha!
— Tem gente… escuta só — dizendo “eu te amo” pro Chat.
— Não… né possivél isso não…
— É mais que possível. E não para por aí. Ouvi dizer que tem uns que até tão se apaixonado pelas IAs.
— Para. Para. Para…. isso aí é fake news, só pode.
— Cara, não é. As pessoas estão perdendo a noção. Agora elas tão comprando até bebê de borracha e chamando de filho.
— Comprando bebê e chamand… acho que eu tô passando mal…
— Elas levam até o “bebê” pro médico. Pagam consulta e tudo.
— Para. Para. Para… não quero ouvir mais essa besteirada.
— Pois é. Mas, relaxa… pelo menos a gente não usa o GPT. Porque ele realmente pode deixar a gente mais burro.
— Não acredito nisso. Todo mundo sabe que só fica mais burro quem troca a IA pelo cérebro e para de pensar.
— Não, rapaz. Deixa de ser besta. O Elon Musk não lançou o chip no cérebro ainda não. Só fez os testes.
— Ai, meu Deus… vamos trocar de assunto. Vamos falar de notícia boa?
— Claro. Quer notícia boa?
— Quero, diz aí.
— Parece que agora… o João, um cara que escreve newsletters… (que tava sumido) finalmente voltou a escrever.
— Eita, mas essa é uma boa notícia mesmo.
— Pois é. Dizem por aí que ele escreve tudinho. Todos os diálogos sem usar o Chat GPT. E tem boato de que ele vai criar um quadro agora.
— Uai. Mas ele não é escritor? Quadro é pra carpinteiro.
— Ô, besta — quadro é um formato — o jeito da escrita.
— Ah, tá. Então explica direito. An, e aí?
— Ele vai usar um formato (ou vai ser o padrão) de diálogos. Vai só escrever as falas dos personagens. Diferente, né?
— Vixi… eu é que não iria querer ele escrevendo as minhas falas.
— Claro, imagina… quem ia querer escrever fala de gente besta?
— Olha só, se fizer mais uma ofensa, vou comprar um bebê reborn pra você.
…
FIM.
Obrigado por ler até aqui.
Um abraço!
Gostei muito, apesar da ameaça do último parágrafo ser um tanto "forte", HUAhuHAUHUAHU
Abraço pros dois lados do seu cérebro! =D